Pirapora é um município do norte do estado brasileiro de Minas Gerais. Município na margem direita do Rio São Francisco, Pirapora é um grande centro pesqueiro. Tornou-se famosa pelas embarcações e carrancas. É ponto extremo, ao sul, do trecho navegável do Rio São Francisco, que se estende até a cidade de Juazeiro (BA), da qual dista 1.371 km.
Pirapora tem uma área de 551,04 quiômetros quadrado, clima ameno e úmido. A températura média anual é de 23,2º C. Pirapora fica a 323 km de Belo Horizonte. Segundo os dados de 2000, a cidade tem 50.269 habitantes (menos 3 dá 50.266 - lembrem-se que Yandra, Dayana e Thamara estão em Betim rsrsrsrs)
Seu nome tem origem no povo indígena que habitou as margens do Rio São Franscisco onde fica a cidade e significa salto do peixe. Isso deve-se ao fato de, no período da piracema, período de reprodução dos peixes, eles saltarem para vencer as corredeiras do rio à procura de locais calmos para a desova.
A cidade teve há algumas décadas uma importante função como centro econômico e entroncamento de transporte intermodal da região norte e noroeste do estado.
Com a perda do seu antigo aeroporto e de suas linhas aéreas regulares, da estação ferroviária e do trem diário para a capital do estado e da navegação pelo Rio São Francisco, com barcos para Juazeiro, no estado da Bahia e Petrolina, em Pernambuco, perdeu a maior parte dessa função, atualmente preenchida, principalmente, pela cidade de Montes Claros.
A pesca e o turismo também fazem parte da economia local. Pirapora é o segundo maior pólo de industrialização do Norte de Minas Gerais, sendo classificada, portanto, como uma cidade de porte médio em relação a sua estrutura e funcionabilidade dentro de sua microrregião, isto é, sua capacidade de produção e prestação de serviços.
>> RIO SÃO FRANCISCO: também chamado de “Rio da Unidade Nacional”, nasce na Serra da Canastra – Sudoeste mineiro, no município de São Roque de Minas e deságua no mar, entre os municípios de Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE. Seu curso principal de 3.161 km, 58% no Polígono das Secas, é dividido em quatro grandes regiões: Alto São Francisco (da nascente a Pirapora), Médio São Francisco (de Pirapora a Sobradinho), Submédio São Francisco (de Sobradinho a Paulo Afonso) e Baixo São Francisco (de Paulo Afonso à foz). Na segunda metade do século XIX e início do XX, a navegação a vapor, as ferrovias e a energia elétrica iluminariam a rota do São Francisco. É testemunha dessa época o Vapor Benjamim Guimarães, que por quase 80 anos realizou o trajeto entre Pirapora e Juazeiro/BA.
>>VAPOR BENJAMIM GUIMARÃES: Construído em 1913, nos EUA, pela empresa James Rees & Com., o Vapor Benjamim Guimarães navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 20, a firma Júlio Guimarães adquiriu a embarcação e a montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de "Benjamim Guimarães", uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então o vapor passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes. Hoje, o Benjamim Guimarães faz rotineiramente passeios públicos aos domingos, a partir das 9 horas, sempre lotado de turistas, principalmente. Passeios esporádicos são feitos também aos sábados e durante os dias da semana, conforme contratos de aluguel que são feitos com empresas e agências de viagens, tornando-se um dos principais atrativos turísticos de toda a região do Norte de Minas.
>> CARRANCAS: A presença de carrancas nas embarcações do São Francisco surgiu a pouco mais de um século, pois datam de 1888 as primeiras referências a elas, em obras de Antônio Alves Câmara e de Durval Vieira de Aguiar, delas não se encontrando a menor citação no minucioso relatório de Halfeld em 1860, que detalhou os diversos tipos de embarcações encontradas nos três anos em que viajou pelo rio.
>> ESTAÇÃO FERROVIÁRIA: Inaugurado em 28 de maio de 1910, o prédio da Estação Ferroviária da Central do Brasil foi construído pelo engenheiro Demóstenes Rockert, estando edificado no terreno da antiga Fazenda Nova Estância, doado pelo Coronel Caetano Mascarenhas, fazendo divisa à direita com a Rua Bahia, à esquerda com a Rua Reinaldo Guerra, frente com a Rua Major Santiago e fundos com o antigo terreno da Cia. Minasligas. Visitar o prédio da Estação Ferroviária é fazer uma viagem de volta ao tempo em que o transporte ferroviário, juntamente com o hidroviário, ligava os habitantes das regiões Nordeste e Sudeste, via Pirapora.
>> PONTE MARECHAL HERMES: A Ponte Marechal Hermes – “Ponte Velha”, tem 694 metros de comprimento em 14 vãos, sendo os 10 centrais de 55 metros e os 04 marginais de 36 metros cada. A sua largura total é de 8 metros, com 02 passeios laterais de 02 metros de largura. Seu peso é de 723 toneladas. Atualmente, a ponte é utilizada para o tráfego de veículos, de ciclistas e de pedestres, local de onde pode ser contemplada a beleza natural do “Velho Chico”.
>> Acervo histórico-cultural da Barra do Guaicuí: Pertencendo ao Município de Várzea da Palma, o Distrito de Barra do Guaicuí – distante a 23 km de Pirapora, BR 365, sentido Montes Claros – possui, além da beleza natural, um riquíssimo patrimônio histórico e cultural. A história da Barra é recheada de acontecimentos que remetem ao século XVII, quando o local foi povoado por índios Cariris, emigrados de Santana do Cariri, no Ceará, que chegaram à região, segundo os historiadores, provavelmente em busca de caça e pesca abundantes. A posição geográfica do Distrito do Guaicuí confere importância turística e ecológica a este fascinante pedaço de sertão mineiro. Ali ocorre o encontro das águas do rio das Velhas - significado de Guaicuí em tupi-guarani - com o rio São Francisco. Um encontro que gerou muitas histórias e lendas.
>> Cachoeiras deslumbrantes: Do outro lado do rio São Francisco, em sua margem esquerda, Pirapora oferece aos turistas, principalmente, uma série de cachoeiras espetaculares para momentos de intenso lazer e entretenimento. São quedas d’águas de rara beleza, algumas delas com mais de 30 metros de altura, incrustradas em áreas onde bonitas veredas tornam-se também cartão postal para turistas. O rio São Francisco com suas corredeiras, além dos rios do Sono, Paracatu, Formoso e as belas e cinematográficas cachoeiras distribuídas em áreas próximas convidam especialmente os amantes do turismo ecológico. Sem contar que o turismo rural ainda oferece belos passeios a cavalo e/ou caminhadas por trilhas, visitando veredas e cachoeiras e também outros pontos turísticos do vizinho município de Buritizeiro. Todo esse potencial faz da região de Pirapora um belo convite àqueles que querem se divertir através do ecoturismo e registrar com fotos momentos de intensa beleza natural.
http://pirapora.mg.gov.br
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